Os agregados utilizados na indústria da construção civil tem contado com uma ampliação das ferramentas buscando aumentar a racionalidade na produção e diminuir seus custos. Isso vem acontecendo gradativamente, mas os passos dados são bastante visíveis. Em regiões específicas do estado de São Paulo, ocorre uma forte expansão da demanda pelo consumo de brita, areia e outros materiais, temos importantes exemplos. Um deles foi na região de Campinas.

A ferramenta utilizada neste caso foi o desenvolvimento de um trabalho de pesquisa mineral específico, contando com o apoio do IG - UNICAMP – (Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas), e parceria do Grupo Estrutural e da MGA.

Geologicamente, esta região apresenta uma localização bastante especial. Está situada na Zona de Cisalhamento Campinas – Valinhos, o que confere uma mudança de “tipos de rocha” e variação da sua “qualidade” em distâncias bastante pequenas. Para o desenvolvimento do estudo foi necessário o deslocamento dos técnicos até uma mineração de agregados, no interior do estado de São Paulo, com a realização de incursões de campo. De acordo com geólogo Jozias Bravo, “foram realizadas visitas à área e em seus arredores para estudo especializado em rochas e suas variações, e posteriormente foram feitas análises petrográficas para obtenção de resultados mais detalhados”.

A soma de todos os estudos executados na referida Zona de Cisalhamento Campinas – Valinhos tornou possível diagnosticar e traçar litologias, obter um mapa geológico detalhado do local e calcular com precisão as reservas minerais da área de estudo. Em conjunto foi realizada um perfilagem óptica de um poço já existente na área de mineração, porém antigo e com poucos dados construtivos, a partir desse trabalho, foi possível obter informações, e traçar projeções da distribuição do maciço rochoso em profundidade.

“Os estudos aplicados dessa forma possibilitarão a redução dos custos de forma expressiva com relação aos trabalhos de sondagem para pesquisa e qualificação do material rochoso. Outro fator importante, é que tratando-se de um empreendimento em atividade, os impactos ambientais são reduzidos, principalmente quando comparados ao desenvolvimento de uma nova mineração”, finalizou o geólogo Jozias.